Que venha a morte acompanhada pelo entorpecer da voz
Será bem vinda na sua doce hora gritante
Os ponteiros do relógio serão apenas espectadores estáticos
Companheiros da agonia ferrenha abatendo a manhã
Pois observaram céticos, o selar da vida errante
Cessaram os ruídos mergulhados no mórbido silencio
Bebei do vinho amaldiçoado embriagado na discórdia
O veneno frenético executa o seu serviço
O tempo despedindo-se está, pois já é sua hora
A gota que restava já cumpriu o seu curso
E a ultima brisa já me percorre o corpo
Espero o beijo da partida eminente
O gosto quente do almejado descanso
Afogado está meu sorriso em um balde de sangue
E o negro d’alma disperso pelo espaço
Raíssa Santos
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