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sexta-feira, maio 20, 2011

Autor desconhecido


Partirei amanhã
Em meio à neblina
A escassez de luz me espera
O tempo pára!
E a vela queima

Não irão me lembrar
Morrerei no fim da lembrança
Vê o que vi e releve
Esqueceis então

Feche os olhos
Não enxergue o amanhã
Correrei bem depressa
Ofuscando a partida
Pois não há retorno
Quando o fim se encena
O nada chega

Fazei o sorriso murchar
Como flores do campo
No inverno o frio vem
Mantêm-me aos bocados
Cura o incurável
Desvia o deslize
Ninguém o vê
Apenas sente

A alma foge
Encara a liberdade dolorosa
O tempo pára!
A vela queima!
Esqueceis então
Guarde apenas as palavras
De quem nunca existiu

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